quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Anaheim Ballet - Vídeos

Misty Copeland
 



Charlie Andersen



Aria Stops


Clifton Brown


Maria Kochetkova


John Ajayi

Historia de Superação

Como fiquei algum tempo sem atualizar o blog, eu li alguns dos comentários, e fiquei interessada no post de uma anonima, pedindo para eu fala sobre historias de superação. Achei interessante, e decidi falar sobre isso!


Depoimento

Nasci com uma deficiencia física na perna direita, onde minha tíbia impede o crescimento normal da fíbula. Diminuindo desta forma o tamanho de minha perna, e dando uma má formação no meu tornozelo.
Aos três anos de idade (1979), o médico disse ao meu pai, que para fazer qualquer intervenção era necessário eu estar mais velha e com a ossatura mais desenvolvida, mas que com essa deficiencia (1 em cada 1.000.000 de crianças nascem com ela) era para os meus pais perderem a esperança de terem uma filha “normal”. E que nesse meio-tempo eu poderia ser submetida a sessões de fisioterapia ou algo recreativo que trabalhasse o alongamento para que minha coluna não sofresse danos severos pela desigualdade das pernas, pois haveria grande chance d’eu futuramente ter problemas de atrofiamento de membros inferiores, deslocamento de quadril, deformidades na coluna vertebral entre outros…
Quem aqui é mais velha, sabe o quanto os médicos antigamente assombravam sobre defeitos ortopédicos (se ainda hoje o fazem…)
Meu pai saiu direto da sala do médico e foi buscar uma instituição de fisioterapia. Chegando lá ele chorou. Pensando em como que ele ia colocar a filhinha risonha e feliz que andou com 8 meses, numa sala de tortura como aquela. Pensou, pensou e pensou. Saiu de lá e me levou para uma escola de dança que tinha na minha rua…
Ele tinha uma prima que era bailarina, e lembrava dela se alongando o tempo todo.
E sabia que sua filha não podia ouvir uma música que começava a dançar… Entrou na escola de ballet, e o que estava tendo?! Uma aula de baby class… Antes dele terminar de conversar com a recepcionista, ao darem por si, eu estava dentro da sala de aula, de meias (sim, eu tirei minhas botinhas ortopédicas!!!), e sentada de borboletinha com as outras meninas… rs
Meu pai disse que naquele momento seus olhos se encheram de lágrimas, e ele sentou lá na porta, pois a grana tava curta… Ganhei a bolsa da própria professora até que as coisas melhorassem para meu pai. Que saiu da escola de mãos dadas com a filha mais feliz que ele podia ter posto no mundo.
Ele me disse (hoje em dia) que tinha uma incerteza muito grande se realmente aquilo poderia ajudar a filhinha dele a não ficar cheia de deformidades no corpo.
Anos de estudo, dedicação e muito empenho. Minha professora era muito especial, ensinava-me o caminho normal da musculatura e eu ia adaptando meu corpo (naturalmente) para os exercícios acontecerem da forma como deveria ser!
Aos 6 anos usei meu primeiro tutu (ia ser a solista da minha turma!!!) – tem foto no meu album!!!
Aos 8 anos de idade coloquei minha primeira ponta (que minha mãe jateou de bronze… afe!!!)… Minha deficiencia não era notada em aulas nem no meu caminhar do dia a dia.
Não tinha desenvolvido nenhum absolutamente nenhum desvio de coluna, e a diferença entre as pernas parecia diminuir.
Era uma das alunas mais aplicadas pela paixão, pela busca da perfeição (precisava fazer dez vezes mais esforço para ~manter minha bacia na mesma altura, pés e joelhos alinhados…). Ganhei quase todas as ‘frentes’ nas coreografias e demi-solos e solos, mas não porque eu era apenas esforçada, mas sim porque me destacava entre as melhores.
Nesta época o mesmo médico entra em contato com meu pai e diz a ele que havia trazido de fora uma cirurgia específica para o meu caso e que era para retornarmos ao consultório. Fui com um bico enorrrrrrme, afinal, nem lembrava daquela deficiência, ela simplesmente não me incomodava.
No consultorio o médico passou todos os benefícios e todos os possíveis problemas da cirurgia: atrofiamento da perna operada, de 1 a 2anos de cadeira de rodas e parafusos na perna, depois mais 8 meses de reabilitação para voltar a andar… blá blá blá. Meus pais nada me perguntaram, e marcaram a cirurgia.
No dia anterior da cirurgia fui ao pediatra (com um bico enorrrrrrrrrrrrme) fazer os exames para ser liberada para a mesma, tudo em perfeitas condições. Essa cirurgia tinha que ser feita antes do periodo menstrual pois precisava contar com certeza com um período de pelo menos mais 3 anos de crescimento.
Antes de entrar para a sala de cirurgia, o check up de costume, e minha garganta estava lotada de pus. Eba! Não ia fazer a cirurgia. Marcaram para dali alguns meses e eu menstruei.
Meu pai chorou… achou que a única chance da minha vida não aconteceria mais, pois o médico falou um monte de besteiras para ele e repetiu toda a prosa de incapacidades e dependencia que eu teria minha vida inteira por causa de minha deficiencia caso não me submetesse àquela cirurgia.
Pouco sabia meu pai que a verdadeira chance ele já havia me dado… há 5 anos atrás!!!
Eu peguei uma birra enorme desse ortopedista. Porque ele tratava as pessoas daquele jeito?!
Aos 12 anos, dançando cupido cubano, fui indicada ao premio de bailarina revelação e melhor bailarina do festival Hommel & Ralph de Ballet Clássico, dividão américa latina.
Enviei um convite para o médico ir me assistir.
E gente eu ganhei as duas indicações. o prêmio foi meu.
E na saída do teatro, o médico me esparava e aos meus pais lá na porta com os olhos cheios de lágrimas dizendo que achava que era uma apresentação de “crianças especiais”, de crianças com defeitos ortopédicos… que ele jamais imaginava que era de “gente normal”, em lágrimas ele abraçou meu pai e pediu desculpas… e qdo olhou para mim, que estava explodindo em felicidade por todas as conquistas, eu só lhe fiz um pedido:”NUNCA TIRE A ESPERANÇA DE NINGUÉM. NUNCA MAIS. EU ERA CRIANÇA DEMAIS MAS MEUS PAIS NÃO. Mas ao mesmo tempo obrigada. Talvez se não tivesse sido as palavras ásperas do senhor, eu jamais estaria onde estou hoje!”.
E nunca mais o vi. Nem ouvi falar dele. Que apenas me entregou uma rosa e me beijou na testa…
Continuei no ballet até as 19/20 anos profisionalmente. Inclusive fui estagiaria do Ballet Nacional de Cuba, e participei como demi-solista em Dom Quixote como cupido!
Por causa da faculdade e da anorexia (sim.. o ballet assim como tudo na vida tem seu lado negro)…
Voltei aos 26 anos numa escolinha de bairro, com uma professorinha fraca… e acreditem ou não, obesa. Nessa mesma escola um tempo depois entrou um bailarino formado pela escola do Opera de Paris, e foi dar aulas lá. Me reapresentou o ballet profissional. Emagreci mais de 15kg. Dancei com ele Don quixote, Carnaval em Veneza, Fada Açucarada, e um pas de deux feito para mim…
Porém eu ainda sentia que as meninas que buscavam o ballet não tinham o mesmo nivel técnico, mas queriam demais fazer ballet, e para iniciantes adultos não havia especialização.
Os bailarinos de formação muitas vezes não acreditam que o adulto quer FORMAÇÃO independente do que farão com ela. Isso significa que querm ser levados a sério, assim como eu queria, e continuo querendo!
Desta forma busquei minha atualização como bailarina e professora, afinal formação tecnica é bem difícil de encontrarmos… e eu tenho! Além de ser gerontologa – estudar o evelhecimento (que acontece a partir dos 25 anos…! rs), o que me possibilita uma visão bem particular do campo anatomico, bio-mecanico e cinesiológico dos alunos adultos que entram em inha sala de aula.
Minhas aulas começaram a ganhar volume e cada vez mais especificidade.E hoje além de bailarina,  sou professora de ballet adulto do renomado Studio Ana Esmeralda, que além de respeitar meu trabalho, o incentiva e apoia.
Além de aulas de ballet com mos maestros Sasha Svetloff e Liliane Benevento, que me auxiliam na atualizao e estudo da metodologia vaganova, tenha a honra de ser aluna em clássico espanhol da maestra Ana Esmeralda, que me presenteou ano passado com o Solo “Encuentro” – um sincretismo do ballet clássico com o clássico espanhol, ao som da guitarra e do cante de Vicente Amigo, já premiado na Holanda.
Anualmente faço o Cuballet (afinal minha formação é cubana) e busco minha atualização metodológica também em cursos ministrados por grandes maestros nacionais e internacionais.
e sempre digo: NUNCA NUNCA NUNCA DESISTAM DE SEUS SONHOS.
AS PEDRAS NOS NOSSOS CAMINHOS SERVEM PARA NOS ATENTAR A ELE, PARA QUE PRESTEMOS ATENÇÃO NELE. E SIGAMOS FORTES EM FRENTE.
MIL BEIJOS NO CORAÇÃO DE CADA BAILARINA!
Essa sou eu aos 6anos… e com o primeiro tutu!!! Em casa indo para a apresentação!!!
Aos 6 anos - primeiro tutu
Aos 6 anos - primeiro tutu

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Reativando o Blog


Depois de muito tempo sem atualizar o blog, resolvi começar a fazer novos posts esse ano e ter mais compromisso. Pesso MIIIIL desculpas para todos que me fizeram perguntas nos cometarios e eu não pude responder nenhuma. Eu realmente estava com falta de compromisso com o blog, e esse ano eu quero que seja diferente! Como perceberam o Blog esta com cara nova haha ! E como faz tempo que eu não posto nada, nesse período muitas coisas aconteceram na minha vida, pela daça! Vou contar um pouquinho dessa historia !
Acho que muitos aqui sabem da paixão que eu tenho pela dança! Fazendo assim eu me esforçar dia e noite, no que eu faço. E todo esse trabalho não foi em vão. Ano passado comecei a fazer aulas de ballet clássico, jazz e dança moderna em outra academia de dança, TODOS OS DIAS. Os meus professores de dança reconheceram meu esforço, e me fizeram passar por alguns testes para poder dar aula de Ballet Clássico para Crianças! Sim, com 1 ano de dança, pude ajudar criançar a começar um novo passo na vida! Parece loucura né, com tao pouca exeriencia, eu ja ser professora. Mas não é! Porque eu era objetiva e sabia o que queria. Comecei do Zero, como todos. Durante o ano todo, tive melhoras na dança que eu não podia imaginar em alcançar. 2011, foi um ano muito dificil para mim em todos os sentindos. Comecei a fazer aulas de Ballet de Segunda a Segunda, para poder melhorar meu desempenho e poder passar para minhas alunas tudo oque eu havia aprendido. E sabe por quê eu fazia isso? Não era pelo dinheiro que eu ganhava com aulas dadas e nem pelo reconhecimento na area. Eu fazia (faço) isso porque eu AMO o que eu faço; e se eu realmente não gostasse, não valeria a pena tanto esforço!
Durante o ano tive várias e várias apresentações, onde fui reconhecida por muitos professores de Dança.
Aí apareceu o teatro ! Meu Deus, nunca me imaginei fazendo teatro. Uma professora de teatro me viu dançando num evento, e me fez o convite para poder participar das aulas e das apresentaçoes de teatro, da minha cidade. Topei na hora, é claro! E conheci pessoas maravilhosas, que hoje fazem parte da minha vida!
Esse ano, eu fiz um teste para entrar na Escola de Artes da minha cidade; e Graças á Deus eu Passei !  Esse ano vai ser O ano de grandes realizaçoes na minha vida, e eu agradeço a Deus por ter me dado esse presente maravilhoso, que é a Dança. Que é a única coisa que me faz feliz realmente!

Bom meus Bailarinos! Durante esse tempo sem o blog, aconteceram coisas maravilhosas na minha vida! Eu que nunca me imaginava uma bailarina, hoje eu sou Professora ! Hahaa, como a vida traz coisas maravilhosas para nós, não é mesmo ?!
Fiz este post contanto sobre essa revira-volta na minha vida, como forma de incentivo, para as pessoas que acham, que a dança, é somente para quem ja começou a dançar a. 1,2,3... anos de idade. Mas NÃO é verdade. Não importa com quantos anos você tenha, ou quanto é seu peso, altura, cor.. Se você sonha em Dançar, siga em frente, pois não ha sensação melhor do que poder estar no palco, sendo aplaudido por uma coisa que você AMA fazer, que é Dançar! Nunca desista dos teus sonhos !
Beijos Meus Bailarinos *-*

sábado, 7 de maio de 2011

Quando começar a fazer Ballet Clássico e por que?

A idade para se iniciar o aprendizado da Dança Clássica é por volta dos 8 anos de idade. Antes dos 8-9 anos é francamente prejudicial, não só pela questão da constituição das fibras musculares e da estrutura óssea da criança, que antes desta idade não se encontram ainda devidamente estabelecidas e embasadas, para poder receber a nova linguagem anatômica de movimento, solicitada através da postura técnica do Ballet Clássico, mas também leva-se em conta o fator psico-social da criança.
O psicólogo Sandstroem esclarece que a criança somente após os 8 anos começa a adquirir requisitos indispensáveis para o início de um aprendizado que requeira disciplina, regras, senso de conjunto, concentração, fatores estes indispensáveis ao aprendizado da Dança Clássica.
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De 3 a 5 anos – nesta faixa etária, a criança não está nem mesmo socialmente aberta para assimilar as regras e experiências criativas, neste período de idade, deverão ser espontaneamente especulativas, de reconhecimento e de observação. Mas tarde virá a fase de depuração e fixação do aprendizado, não inibidor, do processo criativo e educacional.
- Incompatibilidade com a característica disciplinada e organizadora do Ballet (a criança recusa-se a obedecer e, por vezes, tem necessidade exagerada de uma independência obstinada).
- Ritmo – a concepção de número está usualmente limitada a um, dois e muitos, tendo dificuldade de ordenar fraseados e contagens rítmicas.
- Inicia-se no comportamento físico-motor um período de adaptação e equilíbrio. A locomoção torna-se mais estável.
Acima de 8 anos – Surge agora, apreciação no sistema particular de normas.
- Comportamento motor: nesta fase, está mais amplo em todas as direções.
- O ritmo pode ser mais rápido, mas a criança exercerá sobre ele, melhor domínio.
Seria bom ter sempre em mente, que no aprendizado da Dança Clássica, as atitudes não são algo exclusivamente físicas e fora das reações da vida cotidiana do aluno. É necessário assumir uma postura diária, correlata ao aprendizado da arte que se desenvolve.
As características potenciais que compõem o temperamento da criança são particularidades que rapidamente se evidenciam através do movimento e do aprendizado global da Dança.
Partindo deste ponto, podemos encarar a Dança como elemento revelador, tanto das dificuldades (num âmbito geral, nem sempre específico da parte prática da Dança), apresentadas pela criança e que irão requerer cuidados, como das qualidades a serem preservadas e trabalhadas. Mesmo que a criança não tenha como objetivo a carreira profissional da Dança, incontestavelmente irá refletir, ao longo de seu desenvolvimento sócio-cultural, toda uma postura elaborada pacientemente através do ensino da Dança. Pois, torno a enfatizar, Dança é uma maneira de vida, um hábito, constância, embasada sobre o conhecimento, observação, determinação, muita calma, disciplina e atenção, para poder ser vivenciada todas as nuances e detalhes de um processo de ensino bastante extenso e demorado.
Fonte: O Ballet e seu contexto teórico

domingo, 20 de março de 2011

Ballet de Repertório: O Lago dos Cisnes



Coreografia: Marius Petipa (1º e 3º atos) e Lev Ivanov (2º e 4º atos)
Música: Peter Ilyich Tchaikovsky
Estréia: 1895, em São Petersburgo
O Príncipe Siegfried está completando 21 anos, e a Rainha-Mãe disse ele deveria escolher uma noiva no baile de seu aniversário. Comemorou o aniversário com os amigos, e à noite, resolve sair para caçar. Ao se aproximar de um lago repleto de cisnes, o príncipe se prepara para atirar quando os cisnes se transformam em jovens princesas.
Odete, a Rainha dos Cisnes, dança com Siegfried e lhe conta que ela e as outras princesas são vítimas do feiticeiro Rothbart, que as condenou a viver como cisnes durante o dia, só voltando à sua forma normal da meia-noite ao amanhecer.
E o encanto só se quebrará quando um jovem de coração puro lhe jurar fidelidade. O príncipe declara seu amor e convida-a para o baile do dia seguinte, onde quebrará o encantamento, escolhendo-a para ser sua noiva.
No baile, a Rainha-Mãe lhe apresenta seis princesas, mas ele se mostra indiferente a elas, esperando ansiosamente por Odete. O baile está acontecendo até que um nobre chega num estrondo, que na verdade é Rothbart disfarçado com sua filha, Odile, metamorfoseada em Odete.
Siegfried dança com ela pensando ser sua amada, enquanto Odete, ainda em forma de cisne, tenta inutilmente chamar a atenção dele nas janelas do palácio.
O príncipe anuncia que já fez sua escolha, e só então percebe que ainda não era meia-noite e aquela não poderia ser Odete, mas era tarde demais, já havia dado sua palavra.
Desesperado, Siegfried corre para o Lago, onde encontra Odete junto às amigas. Os amantes se jogam no lago, e nesse momento, a magia é quebrada e o reino de Rothbart desmorona, matando-o.
Fonte:dicasdedança.com

Passos de Ballet

                         Passos Básicos 
 1 - Plié > Dobrar os Joelhos
2 - Relevgé > Esticar as pernas subindo na meia ponta
3 - Coupé > Dobrar o joelho, colocando o pé no tornozelo
4 - Passé > Dobrar a perna até a altura do joelho
5 - Endehors > Pés abertos para fora
6 - Endedans > Pés fechados
7 -  Glissad > Transferencia do corpo de um lado para outro, dobrando os joelhos (fazendo passé)

                                Saltos
1 - Echapé > Salta e abre as pernas para a 2ª posição
2 - Changemant > Saltar alongado o corpo no ar

                              Posições básicas de braços
Primeira >
Os braços na altura do umbigo
Segunda > Os braços são elevado ao lado
Terceira >
Um braço em cima, outro ao lado
Quarta > Um braço em cima, outro na frente
Quinta > Os dois braços em cima

sábado, 5 de março de 2011

Ballet Russo


BALLET RUSSO

           O Ballets Russes foi uma companhia de ballet emigrada da Rússia, com sede em Paris, cuja atividade manteve-se de 1909 a 1929. Esta grande companhia infuenciou todas as formas do balé contemporâneo, e seus vinte anos de existência mereceram, certamente, entrar para a história da dança com o nome de Época de Diaghilev. A denominação Época de Diaghlive define o período compreendido entre 1909 e 1929 quando o russo Serguei Diaghilive (1872-1929) fundou e esteve á frente de uma das maiores companhias de balé do mundo. Segundo Serge Lifar, último discípulo de Diaghilev, "Os Ballets Russos foram, durante vinte anos, o centro receptor e emissor da vida do baléno mundo inteiro." O Ballets Russes Começou em 1909 como um teatro de verão do Ballet e ópera russos para se transformar em uma companhia de balé permanente em 1911. Serguei Diaghilev, apesar de nunca ter sido bailarino profissional, conseguiu convencer os melhores coreógrafos, dançarinos e designers da sua época. Ele Contratou, entre outros, o compositor russo Igor Stravinsky, o artista espanhol Pablo Picasso, o artista francês Henri Matisse, George Balanchine e Vaslav Nijinski.
            Assim, com colaboradores que compunham o melhor da época em suas respectivas atividades, a companhia Ballets Russes  redefinou a noção de balé durante seus 20 anos de atividade. A sua trajetória pelo cenário mundial está divida em três etapas: A : Nacional-Russa (1909-1912) - desenvolvendo o balé clássico; B: Pan-européia (1912-1921) - voltado para pesquisas modernas; C : Moderno-Internacional (1921-1929) -  seguindo novamente as diretrizes do balé clássico, sob a orientação de Serguei Diaghilev.
               Na etapa Nacional-Russa, Diaghilev revelou ao mundo a arte genuinamente russa e seus grandes entérpretes e quis também, fazer o balé uma pintura em movimento. O coreógrafo da Companhia era Michel Fokine, bailarino e talento que entregou-se de corpo e alma a nova tendência: subordinar adança a pintura, fazendo com que a criação dos passos e da própria coreografia fossem inspirados pelas imagens d
os trajes e cenários. Nesta etapa, os pintores não se contentavam em criar uma fantasia paraos olhos, tomavam parte ativa na realização do espetáculo. Na etapa Pan-européia, Diaghilev lançou-se á árdua tarefa de transformar o balé russo num balé europeu. Nesta etapa, já não havia preponderância russa nos balés, o cenário transformou-se para acolher igualmente os balés franceses,espanhóis, italianos,russos,etc. O coreógrafo era Massine e a música passou a reinar em absoluto, sob a regência de Strawinsky. Massine fazia a sincronização entre a música e coreografia,adaptando a técnica dançante em todas as suas minúcias á da sinfonia musical. A etapa Moderno-internacional, caracterizou-se por ser o período das pesquisas artísticas, de tendência modernista universal. Os coreógrafos foram : Bronislava Nijinska, George Balachine, de novo Massine,e por fim,Serge Lifar. Quando Serge Lifar converteu-se em coreógrafo, Diaghilev sonhava com novas terras para os Ballets Russes. Porém morreu um ano depois. Os Ballets Russes desapareceram com ele, deixando ao mundo da dança uma rica herança, porém desigual, e problemas que uma só geração não bastaria para resolver.
                   Quando a companhia de Diaghilev desfez-se com sua morte, em agosto de 1930, os Ballets Russes se dispersaram. Seus bailarinos e coreógrafos engressaram em companhias de todas as partes do mundo ou criaram as suas próprias companhias e,para onde quer que migrassem,marcavam sua passagem com influência decisiva na história da dança. Durante o tempo em que a companhia de Diaghilev atuou, grandes coreógrafos marcaram suas presenças em pesquisas e descobertas, em busca " não apenas de passo novos, mas de um novo espírito", traçando assim novos caminhos no mundo da dança, a exemplo de : Michel Fokine, Vaslav Nijinsky,George Balachine e Seger Lifar, responsáveis pela formação dos futuros coreógrafos e bailarinos. Um dos responsáveis pela disseminação dos estudos e pesquisas dos Balés Russos foi René Blum, diretor artísrtico do teatro de Monte-Claro, que assumiu a direção de um grupo de bailarinos remanescente de Diaghilev. Ao mesmo tempo, o Coronel de Basil foma em Paris companhia rival. Em 1932, os dois grupos se unem e criam os Ballets Russes de Monte Carlo. Aos membros do balé de Diaghilev juntaram-se alguns elementos novos, como Tamara Toumanova, Irina Baronova e Tatiana Riabochinska. Em 1933 a companhia fez uma touneé triunfal pelos Eua, mas em 1935 cindiu-se. Com o nome de Ballets Russes do Colonel de Basil, um dos ramos partiu para a Austrália e, depois, para as Américas, do Norte e do Sul, onde se deixou ficar durante a guerra, assumindo sucessivamente os nomes de Educational Ballet e Original Ballet Russe. Em 1947 fez uma temporada de despedida do Palais de Chaillot, em Paris. O ramo que ficara em Monte Carlo permaneceu sob a direção de René Blum até a invasão alemã (1940). Como os remanescentes da companhia, Marcel Sablon constituiu, ainda na ocupação, os Nouveaux Ballets de Monte-Carlo, absorvidos (1944) pela Ballet Internacional, do Marquês de Cuevas, companhia particular sediada em New York. Surgiu assim, o International Ballet of the Marquis of Cuevas, que fez inúmeras tournées internacionais e contriubuiu para o repertório do gênero com várias obras.
             Os Ballets Russes também exerceram grande influência na Alemanha, que antes não tinham tradiçoes coreográficas, incentivando a criação de "studios" de dança, com Rudolf Von Laban, Maty Wigman, Kurt Joos, entre outros.
             É importante frisar a particular influência dos Ballets Russes na França e nos E.U.A. Na França, com a renovação e enriquecimento do balé francês, que se achava em decadência e do ingresso de Serge Lifar na "Grand Opéra" e nos E.U.A, com a criação da School of American Balley Theatre e do New York City Ballet, ambos por Balanchine. Outros mestres russos, radicados em Paris, tiveram também importante papel: Preobrajenska, Kchessinska, Egorova, Trefilova, Legat e Novikolf. Uma das estrelas do Coronel de Basil, no setor da dança moderna, foi Nina Verchinina, que em fins da década de 1970 lecionava no Brasil.